Tropas de Jacarepaguá, Recreio, Mesquita, Grande Tijuca e Olaria encontram resistência de familiares. Porta-voz da corporação fala que 95% do efetivo está nas ruas.
menos quatro batalhões da PM enfrentavam dificuldades de saírem dos locais de trabalho na manhã desta sexta-feira (10), como mostrou o Bom Dia Rio, por volta das 9h40. Nos batalhões da Tijuca e Olaria, na Zona Norte, Jacarepaguá e Recreio, Zona Oeste, e Mesquita, na Baixada Fluminense, as tropas enfrentavam resistência de familiares em protesto contra as condições de trabalho.
Em nota, a Polícia Militar disse que os protestos não atrapalham o policiamento nas ruas. O porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, afirmou que o efetivo no turno da manhã nas ruas é de 95%. De um total de 100 batalhões, há protesto de familiares em 27 locais em todo o estado.
“O patrulhamento está transcorrendo normalmente. De fato, estamos lidando com uma grande insatisfação da tropa, uma vez que ainda estamos ansiando pelo 13º salário, o pagamento do salário em dia e várias questões que são direito dos policiais”, explicou o major.
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Entrada do batalhão de Jacarepaguá, na Zona oeste da cidade (Foto: Fernanda Rouvenat)
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familiares protestam na entrada do batalhão de Olaria, na Zona Norte do Rio (Foto: Carlos Brito / G1)
Ao longo de toda semana, circularam vários boatos nas redes sociais que os policiais militares fariam uma greve nesta sexta. A PM não confirma qualquer paralisação ou ocupação nos batalhões. De acordo com a corporação, o policiamento segue normal em todo o estado do Rio.
Na entrada do 31°BPM (Recreio), 12 mulheres parentes de policiais militares protestavam desde as 4h30. “Nós estamos fazendo um cordão humano. Viaturas que já estavam na rua, por ordem do comando, houve rendição em lugares alternativos, mas as viaturas têm que voltar pra abastecer e nós vos estar aqui pra não deixar que elas saiam”, disse Paula Beatriz.
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Coronel Busnello, comandante do 6° batalhão, pediu que manifestantes retirassem grade da frente do batalhão e foi atendido (Foto: Henrique Coelho / G1)
De acordo com ela, o comandante chegou a conversar com as mulheres que estavam na entrada para dizer que não concordava com o movimento. “O comandante chegou pra conversar e dizer que ele não apoia o movimento, mas que ele não vai hostilizar nem agredir a nossa integridade física”, disse Paula Beatriz.
Segundo uma outra mulher, que é esposa de policial militar e também participava do movimento na manhã desta sexta-feira, a ideia não é que aconteça o mesmo que está acontecendo no Espírito Santo, mas é preciso chamar atenção do governo.
“O policial está sendo escalado na folga e há seis meses não recebe o Regime Adicional de Serviço (RAS). Isso é um absurdo. Quem que trabalha de graça? Ninguém trabalha de graça. Por que que o policial t que sair pras ruas pra proteger a população sem receber?”, disse a mulher que preferiu não se identificar.
Segundo familiares de PMs do 16°BPM (Olaria), nenhum carro deixou a unidade desde o início da manifestação e as trocas de guarda que ocorreram foram efetuadas fora do batalhão. “Essa situação vem se arrastando há muito tempo. Nossas famílias já não aguentam mais a maneira como nossos maridos são tratados. Como esperam que o policial militar trabalhe sem salário?”, questionou Cristina Silva, mulher de um sargento lotado no batalhão.
Na saída da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, na Zona Norte da cidade, familiares de PMs também faziam um bloqueio. No entanto, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) informou, através de nota, que o policiamento nas UPPs não foi afetado e as trocas de turno ocorreram normalmente.
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Familiares de policiais colocam cartazes na entrada do Comando de Polícia Pacificadora (Foto: Cristina Boeckel / G1)