Ação é desdobramento da Operação Sicários, realizada pela PF em janeiro.
Procurados de outros estados atuarão em casos relacionados à Mar de Lama
O Ministério Público do Trabalho criou um grupo especial de Procuradores do Trabalho voltado para a atuação em investigações e ações judiciais trabalhistas relacionadas à Operação Mar de Lama em Governador Valadares. O Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF) entrou em atividade na quinta-feira (2).
Segundo o Procurador-Geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, esta ação é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada no dia 26 de janeiro com o objetivo de impedir que autoridades que atuam nas investigações sejam intimidadas.
“A Polícia Federal e o Ministério Público estão absolutamente coesos e articulados em torno de cada desdobramento da Operação Mar de Lama, para coibir imediatamente a menor ameaça a autoridades que estejam à frente das investigações. Essa é mais uma resposta das instituições públicas, que não se afastarão de suas atribuições legais, até a completa apuração e punição de responsáveis”, enfatiza Ronaldo Fleury.
Assim, nenhum membro do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais atuará em ações judiciais ou qualquer ação de investigação trabalhista relacionada com a Operação Mar de Lama. A atuação do MPT passa a ser articulada nacionalmente, de modo que Procuradores diversos serão acionados a cada etapa, sempre acompanhados por seguranças e agentes da Polícia Federal.
O MPT investiga fraude em acordos trabalhistas firmados com a participação do sindicato de trabalhadores e empresas do ramo de transportes, mediante recebimento de propinas pagas para que os interesses da classe patronal fossem privilegiados, em prejuízo da classe trabalhadora. Esse esquema foi revelado durante a deflagração da 5ª fase da Operação de Lama. A ação judicial tramita na Justiça do Trabalho em Governador Valadares.